30 de julho de 2010

Bella Donna

Fundada em 1985 e apresentando uma fachada simples além do ambiente familiar é perfeita para reunir uma turma de amigos ou parentes com porções bem servidas. A cantina é bem tradicional, daqueles lugares que não hesitamos quando pensamos em comida farta e massas com molhos caprichados.

Fazia um bom tempo que não almoçávamos por lá. Resolvemos ir num domingo na hora do almoço e chegamos cedo para pegar a casa vazia. O bom de ir ao Bella Donna é escolher no cardápio a massa e molho que deseja, fugindo dos pratos montados da maioria dos restaurantes.

Fomos atendidos por um garçom bem simpático chamado Venâncio. Iria pedir uma massa para cada um além de um bife a parmegiana pois é muito saboroso e fazia tempo que não comíamos, mas o Venâncio (muito sincero) nos desencorajou dizendo que seria muita comida para apenas duas pessoas. Ao contrário dele, muitos garçons nem avisam sobre os tamanhos dos pratos e até empurram porções a mais. Ponto para ele.

Além disso, o Venâncio perguntou se gostaríamos do couvert antes de simplesmente colocar na mesa, como muitas casas fazem. Não gosto quando você senta na mesa e o garçom chega colocando o couvert sem perguntar se você quer ou não. Mais um ponto para ele.

Pedimos os pratos habituais, sendo o tortelli de abóbora com molho putanesca (molho de tomate, azeitonas pretas, alcaparras e queijo parmesão) para mim e o fusilli à carbonara (molho de tomate, bacon frito, gemas de ovos e queijo parmesão) para a Denise.


A massa do tortelli estava um pouco dura e grossa, diferente das vezes anteriores. Poderia ser mais fina e um pouco mais macia. O recheio estava bom e adocicado como de costume por ser abóbora. O molho se mostrou incompleto com a sensação de que faltou algo mais. Achei que teria o sabor um pouco mais forte, semelhante ao carbonara. Achei que veio pouco molho também (gosto da massa nadando no molho...).


A massa estava mais grossa do que pensamos (o padrão dela seria um spaguetti mais grosso mas este se apresentou quase da espessura de um penne), mas estava no ponto. O molho estava bem apurado, os pedacinhos de bacon estavam crocantes e saborosos, contrastando com as gemas. Este sim estava bom. É uma ótima opção para fugir dos molhos comuns (alho e óleo, bolonhesa, ao sugo...).

Quando pedimos a conta, a casa já estava praticamente cheia. Saímos de lá com vontade de retornar logo para pedir o bife a parmegiana...

Preços
Tortelli de abóbora: R$ 26,00
Molho putanesca: R$ 4,00
Fusilli: R$ 24,00
Molho carbonara: R$ 4,00
Refrigerante: R$ 3,00

Endereço
Rua Tabapuã, 749 - Itaim Bibi
11 3078-6889
11 3168-2145

Site
http://www.cantinabelladonna.com.br/

27 de julho de 2010

Hua Fu

Depois da decepção do KFC fomos no dia seguinte na Liberdade para compensar o almoço ruim do dia anterior. Após um concerto de piano no Bunkyo que assistimos com o Roberto, encontramos com o Daniel, um amigo de longa data que fazia tempo que não saía conosco.

Fomos em busca de um lugar para almoçar mas às 13:00h de um domingo fica um pouco difícil encontrar algum restaurante na Liberdade que não tenha fila. Passamos em frente de vários e todos cheios. Ao passar em frente a uma porta com uma escada, li na placa o nome Hua Fu e lembrei que a Yumi havia postado sobre eles. Peguei o celular e dei uma olhada rápida no blog dela novamente para ver se havia algum comentário negativo. Resolvemos entrar.

Ao subir o primeiro lance de escada avistamos um grande salão vazio com mesas redondas (típicas dos restaurantes chineses) e uma chinesa cantando em um aparelho de karaokê. Achamos que fosse um espaço reservado para algum evento e iríamos continuar a subir a escada em busca do restaurante quando a chinesa veio correndo em nossa direção gritando: comida! comida! comida!

Ela nos indicou a mesa e logo mostrou o cardápio. E ficou plantada ao lado da mesa para anotar o pedido. Falamos que iríamos pedir depois e ficamos lendo o cardápio com diversos pratos exóticos. Logo ela voltou e foi apontando para o yakissoba achando que era isso que queríamos. Resolvemos pedir a chapa de frutos do mar e um yakimeshi (nem tentamos entender a diferença entre arroz chop suey e yakimeshi)... Tentei falar para ela continuar a cantar já que o restaurante estava em silêncio total mas como ela não entendia muito bem português, apenas ligou a TV em um canal chinês.


O tempero da chapa de frutos do mar estava bom, a lula estava macia e o camarão também estava ok. O único porém eram os pedaços enormes de pimentão...


O yakimeshi estava saboroso também e não tão gorduroso quanto os encontrados nos outros restaurantes chineses do gênero. Tinha ervilha, camarão e shitake no meio.

O Daniel ficou com vontade de pedir rã. Não me pergunte porquê...rs...Fora ele, ninguém havia experimentado antes, mas fomos camaradas e pedimos uma porção de rã na chapa. Pensamos que elas chegariam inteiras à mesa mas elas vieram em pedaços com o mesmo molho do prato de frutos do mar. Menos mal pois não fica aquela aparência de um "mini ser humano"....Infelizmente elas estavam bem magras e não havia muita carne em torno dos ossinhos. A consistência da rã fica entre peixe e frango e o sabor é suave.


As porções são fartas sendo que o ideal é ir em pelo menos 4 pessoas. Um casal não é boa idéia. Um pouco antes de terminarmos a refeição a atendente trouxe melancia de sobremesa.

O que mais nos chamou a atenção foi não aparecer mais ninguém no restaurante. Saímos de lá às 15:00h e eles só atenderam nossa mesa. Ficamos até com pena...Talvez por isso a atendente foi bem simpática ao nos atender e agradeceu bastante quando fomos embora. É um lugar que pretendemos voltar mas o que nos intriga é estar totalmente vazio em pleno domingo na hora do almoço...

Preços
Chapa de frutos do mar: R$ 28,00
Chapa de rã: R$ 36,00
Yakimeshi: R$ 15,00
Refrigerante: R$ 3,00

Endereço
Rua Barão de Iguape, 280 - Liberdade
11 3271-1036

Site
Não tem

23 de julho de 2010

KFC

Quando soubemos que a rede KFC (Kentucky Fried Chicken) voltaria para São Paulo ficamos na expectativa pois era uma das redes de fast food preferidas por nós (ao lado da Arby's). Depois da saída da rede em 1998 do Brasil, ela retornou em 2003 mas apenas no Rio de Janeiro. Somente no ano passado ela chegou no estado de São Paulo. A unidade aberta fica em Osasco no Shopping União que também foi inaugurado em 2009. Se esta unidade der certo, eles pretendem expandir para a cidade de São Paulo.

O retorno foi um pouco diferente, não focando mais nos tradicionais baldes de frango. A aposta foi no "prato feito" acompanhado de pedaços de frango empanados. Um dos motivos da saída da rede foi porque os baldes de frango não cairam no gosto paulistano além das campanhas de marketing da época terem focado na classe média alta, sendo que este público não era muito chegado em comer frango frito com as mãos.

Fomos até Osasco conferir e convidamos o Roberto pois às vezes ele nos acompanha em nossas incursões gastronômicas. A loja não possui espaço próprio sendo necessário utilizar as mesas da praça de alimentação, mas isto não é problema uma vez que existem diversos lugares e tudo ainda está novo.

Eu pedi um lanche e alguns pedaços de frango pois era o que costumava comer no passado. Os pedaços de frango empanados até que estavam crocantes mas o tempero era suave demais. O interior estava um pouco seco. Lembro que era bem mais úmido e saboroso antes.


O lanche veio com a típica apresentação de fast food. Sem nenhum apelo visual. O filet de frango empanado também estava com o tempero suave e um pouco seco. Havia alface e maionese acompanhando.


Meu pais e a Denise pediram o combo "PF" composto por arroz, feijão, batata, farofa e dois pedaços de frango empanados além do refrigerante. O feijão estava seco e parecia ser do dia anterior. As batatas nada de especial.


O Roberto pediu frango grelhado com arroz e salada.


Infelizmente ficamos decepcionados pois esperávamos que fosse igual antigamente. O tempero ficou mais suave e os pedaços de frango mais secos. É uma pena pois se fosse como antes com certeza voltaria a ser um cliente assíduo. Da maneira como está não sei se terá força suficiente para penetrar no concorrido mercado de São Paulo.

Preços
Lanche Crispy: R$ 8,90
Pedaço de frango (2 unid.): R$ 6,40
Combo Prato frango crocante: R$ 13,00

Endereço
Shopping União de Osasco
Av. dos Autonomistas, 1400 - Osasco
11 3184-4386
Site
Não tem

19 de julho de 2010

Festival do Japão

Complementando o post anterior, vamos mostrar algumas comidas encontradas no Festival do Japão. Como nos anos anteriores, acabamos indo no sábado e domingo para aproveitar a parte gastronômica e os shows além de encontrar velhos amigos.

Em nossa opinião o evento deste ano estava mais cheio do que no ano passado e no domingo à tarde as filas estavam enormes. Os apresentações de taiko foram muito boas assim como alguns cantores que se apresentaram no palco de shows.

Em relação a área gastronômica, nos últimos eventos o yakissoba e o tempurá tomaram conta de várias barracas que representam as províncias, talvez para agradar o público que não está acostumado com comidas diferentes e fazer o número de visitantes crescer. Mas neste ano conseguimos encontrar comidas mais típicas (e outras nem tanto...) para nossa alegria. Entre elas um prato que nunca havia comido e que está no fim deste post.

Eu e meus pais começamos comendo o prato preferido do festival, o Okonomiyake (R$ 12,00), que é uma espécie de panqueca japonesa. Os ingredientes variam de acordo com a região. Na barraca de Hiroshima ele leva macarrão na massa e não gostamos muito. O preferido é o da barraca de Wakayama, preparado com massa de panqueca, repolho, mini camarão seco, beni shoga (gengibre em conserva vermelho), alga picada (aonori), molho tonkatsu, maionese e katsuobushi (flocos de peixe seco). Leva ainda fatias de bacon sobre ele. 

Dedicamos este prato ao Alexandre do Lost in Japan, a Margarida do Banzai  e para a Andreia do Papiando que já postaram sobre okonomiyake e também gostam deste prato.


A combinação fica ótima e são bem caprichados. Arrisco a dizer que é uma das barracas que mais vendem no festival. As filas são enormes todos os anos. Mas vale a pena enfrentá-las.

Passamos para pegar um suco de maçã (R$ 5,00) na barraca de Aomori pois os sucos são totalmente naturais e sem nenhum conservante. Eles são trazidos de São Joaquim apenas para o Festival do Japão. Então só é possível beber uma vez por ano.


A Denise começou com um Udon da província de Nagasaki (R$ 12,00) que levava kamaboko, tamago yaki (omelete), e tempurá de camarão. Além da apresentação simples, o caldo estava fraco, agradando quem tem paladar suave.


Logo depois parti em busca de algo diferente e parei na barraca da província de Kumamoto e peguei o Karashi Renkon que são pedaços de raiz de lótus cozidos, recheados com mostarda, batata doce e missô, empanados e fritos. Os pedaços são vendidos por peso e um pequeno saiu por R$ 5,00.


A raiz de lótus não tem muito sabor em si, o que dá o gosto é o recheio. A mostarda que o recheia não é aquela usada em cachorro quente mas sim a japonesa que tem gosto parecido com o wasabi. O sabor é um pouco ardido e vai bem com uma caipirinha.

Meu pai foi até a barraca de Shiga para pegar algumas Guiozas (R$ 5,00). Elas são boas mas normais daquelas que encontramos nos mercados da Liberdade. O que agrada é o molho de shoyu, limão e gengibre para acompanhar.


Depois disso queria algo doce e fui em busca do Oshiruko (R$ 5,00) que é uma "sopa" de feijão doce com moti cozido nele. O feijão preto não é aquele utilizado na feijoada mas sim o azuki utilizado nos doces japoneses. Alguns podem torcer o nariz mas eu gosto bastante e como não é comum encontrar nos restaurantes acabo comendo apenas no festival. Encontrei na barraca de Niigata mas não gostei muito pois é daquele que vem com os grãos de azuki inteiros. Comi e fui atrás de outro. Encontrei na barraca de Saitama do jeito que gosto. Apenas o caldo espesso com o moti bem macio.


A Denise foi comprar sonho (R$ 2,50) na barraca Kibô no Iê (uma entidade beneficente) pois são feitos na hora e vem quentinhos. O creme é suave e doce no ponto certo. Quem conhece sempre compra ali e as filas também são enormes. Além disso o dinheiro arrecadado ajuda a casa que cuida de deficientes.


Para finalizar o almoço peguei um sorvete de chá verde (R$ 6,00) na barraca de Kyoto. Não sei porquê mas tinha pedaços de chocolate no meio parecendo um sorvete de flocos. Pelo menos o sabor do sorvete estava bom. Mas achei muito caro por uma minúscula bola de sorvete.


Após a degustação, aproveitamos para conferir outras atrações. O evento é bem diversificado, podendo agradar vários públicos e de todas as idades.

Passado algum tempo, resolvemos voltar às barraquinhas de comida. O próximo lugar escolhido foi a barraca de Hokkaido para comer a Yaki Ika (R$ 10,00), que são as lulas na brasa, perfeita para ser petiscada. Na hora que pedi eles avisaram que só haviam as perninhas da lula mas resolvi pegar assim mesmo já que a Denise gosta deste jeito. Para acompanhar peguei um oniguiri grelhado com molho de missô (R$ 3,50) na barraca de Fukushima.


Achamos que a porção de Yaki Ika estava um pouco seca. Sabemos que a lula preparada na forma grelhada tende a se tornar seca mas poderiam ter assado menos. O oniguiri estava muito bom, o gohan estava no ponto e o sabor do missô completou perfeitamente.

A Denise foi experimentar outro udon, desta vez de Iwate (R$ 12,00), que estava mais caprichado por conter mais ingredientes além do caldo estar com sabor mais pronunciado.


Minha mãe foi pegar um yakissoba na barraca de Tokyo (R$ 12,00) que apesar de ser o prato mais comum no festival estava bem saboroso. Haviam vários legumes além de carne, frango e camarão. O macarrão lembrava um pouco do China Massas Caseiras. O molho estava bem saboroso e a porção era muito bem servida. Acabei dividindo um com a Denise também.


Finalizamos com espetinho de shimeji com bacon de Gifu (R$ 4,00), que estava ótimo ao paladar e tostado na medida certa.


Levamos para casa o Ichigo Daifuku da barraca de Mie (R$ 8,00 com 3 unidades) que estava harmonioso com o morango para quebrar o doce do recheio de anko. A parte externa era bem fina, tornando o doce perfeito para fechar o dia.


Voltamos ao festival no dia seguinte (domingo), que estava visivelmente bem mais cheio que no dia anterior e notamos que havia muito mais filas em praticamente todas as barracas, sendo que em algumas a comida se esgotou no início da tarde. Meu pai havia visto uma caixa enfeitada na barraca de Kochi no sábado mas no final do dia já não havia mais. Quando chegamos no domingo cedo fomos logo para a barraca de Kochi checar se havia mais. Uma atendente jovem parecia estar no mundo da lua pois perguntamos qual era aquele prato indicado como Mushi de R$ 40,00 (isso mesmo, o mais caro do festival) e ela mostrou um peixe pequeno recheado que na verdade era o Sugatazushi. Além disso também não sabia que peixe era e nem qual era o recheio do Sugatazushi. Na verdade era uma pescada curtida no vinagre recheada com arroz de sushi (shari). É muito descaso estar na barraca de sua província e nem saber os pratos que estão vendendo.

O que nos salvou foi uma obasan que percebeu que estávamos perguntando bastante e foi explicar que a jovem atendente havia explicado tudo errado. O tal prato na caixa (foi pegar uma para nos mostrar) era um Tai no Mushi (R$ 40,00), um pargo recheado com okará que é a sobra da preparação do leite de soja e consequentemente o tofu. Apesar de ser chamado de sobra é muito nutritivo e tem o sabor parecido com aqueles tofus mais firmes. Misturado ao okará haviam cenoura bem ralada, camarão, shitake e gobô (bardana). Tudo isso recheando o pargo que é cozido no vapor.


Apesar de caro, o peixe é grande e bem recheado. O sabor do recheio é delicado e um pouco adocicado (coloquei um pouco de shoyu para salgar um pouco) e o do pargo é bem suave (adoro sushi de pargo). Este prato realmente surpreendeu e valeu muito a pena. Espero que ofereçam no próximo ano novamente.

Apesar do número de visitantes aumentar a cada ano, gostamos de ir no festival nos dois dias pois é uma ótima oportunidade para desfrutar não só das comidas mas das apresentações também.

15 de julho de 2010

Festival do Japão

Neste final de semana (17 e 18/Jul) haverá o 13º Festival do Japão em São Paulo e para quem gosta da cultura japonesa além das comidas típicas, é um passeio interessante. O evento faz parte do calendário turístico oficial da cidade. Frequentamos ele desde a época em que era realizado na Marquise do Parque Ibirapuera.

No espaço gastronômico 51 barracas (algumas representando províncias do Japão) servem comidas típicas. Infelizmente nos últimos anos, parecia mais o festival do yakissoba dada a quantidade de barraquinhas vendendo tal prato, bem diferente das primeiras edições do evento. Mas ainda dá para achar alguns pratos diferentes. Além da parte gastronômica, existem shows e apresentações de taiko e danças típicas do Japão.

Aqui vão algumas dicas das barracas onde costumamos comer:

Aomori - suco de maçã
Fukuoka - yaki sanma (peixe sanma grelhado)
Hyogo e Tokushima - takoyaki (bolinho com polvo)
Hokkaido - yaki-nisshin (arenque grelhado), yaki ika (lula grelhada)
Kagoshima - karukan manju, satsuma age (massa de peixe prensado frito), satsuma tonkotsu lamen
Kibo no Ie - sonho
Kumamoto - karashi renkon (flor de lótus recheada de mostarda)
Kyoto - mitarashi dango (espetinho de bolinho de arroz), sorvete de chá verde
Mie - ichigo daifuku (massa de arroz recheado com doce de feijão e morango)
Nagasaki - udon
Nara - oshiruko (caldo doce de feijão)
Niigata - oshiruko (caldo doce de feijão), dorayaki (massa assada com recheio de doce de feijão), anpan (pão com recheio de doce de feijão)
Shizuoka - unagi (enguia)
Yamaguchi - ichigo daifuku (massa de arroz recheado com doce de feijão e morango), bari bari soba (yakisoba)
Wakayama - Okonomiyaki (panqueca japonesa)


11 de julho de 2010

Veloso

Frequentemente ficamos fuçando os blogs gastronômicos de nossos colegas em busca de indicações. No blog da Yumi existem alguns posts sobre coxinhas, e entre eles, do Frangó, da Ofner e do Veloso. Acabei comentando que ainda não havíamos experimentado a coxinha do Frangó (que já foi considerada uma das melhores de São Paulo) e ela gentilmente nos convidou.

Na hora de combinar a Yumi acabou comentando sobre a coxinha do Veloso, dizendo ser muito boa também, e eu lembrei que as caipirinhas também eram bem famosas pois o barman Souza já foi eleito como um dos melhores de SP pela revista Vejinha.

Por ser mais próximo de todos, acabamos decidindo ir ao Veloso. E foi uma ótima escolha. Mesmo chegando cedo, já havia uma fila de espera pois o lugar é pequeno e possui poucas mesas. Neste caso eles geralmente oferecem uma mesa no bar ao lado (chamado Brasamora) pois é do mesmo dono e com cardápio igual. Por ser nossa primeira vez optamos por esperar uma mesa no próprio Veloso, além do mais estávamos esperando o namorado da Yumi (o Zé Luís) e a amiga dela (Aline).

Quando finalmente fomos acomodados, pedimos a famosa porção de coxinha de frango com catupiry. Nem esperamos o Zé Luís e a Aline devido a ansiedade e fome.

Realmente a coxinha nos surpreendeu pela casquinha crocante e a cremosidade da massa. Sem contar o recheio, bem úmido e equilibrado, com catupiry na medida certa. Impossível comer uma só.


Para acompanhar pedimos uma caipirinha de jabuticaba com cachaça especial, neste caso escolhemos a Seleta. Mesmo sendo uma das mais divulgadas nas revistas, a princípio não atendeu as expectativas pois o sabor da jabuticaba quase não apareceu e o sabor da cachaça se sobressaiu. Ainda assim, o sabor da cachaça ficou suave e acompanhou bem as coxinhas. Acreditamos que se fosse preparada com sakê, por ser mais suave, o sabor da jabuticaba ficaria mais pronunciado.


Logo chegaram a Aline e o Zé Luís. Mesmo sendo a primeira vez que encontramos com ele, tivemos que tirar um sarro já que a Alemanha havia goleado a Argentina. Ainda bem que ele levou na brincadeira...pelo menos é isso que achamos...

Como ele estava roxo de fome, pedimos uma porção de bolinho de camarão com catupiry. A massa do bolinho é a mesma da coxinha, muito boa, porém os camarões vem inteiros e na primeira mordida você acaba comendo todo o recheio sobrando apenas a massa com catupiry. O bolinho é bom mas preferimos as coxinhas.


Não satisfeitos, fuçamos o cardápio novamente e pedimos um escondidinho para mim e um caldinho de feijão para a Denise. A Yumi pediu um lanche chamado Royal.

O escondidinho estava bem gostoso, com uma casquinha de queijo gratinado perfeita. Arrisco a dizer que foi a melhor "casquinha" que já comi. O "recheio" é um pouco diferente pois não leva o tradicional purê de mandioca. É só carne seca e a casquinha de queijo. Todos experimentaram e aprovaram.


O caldinho estava bem saboroso e veio acompanhado de torresmo e pão. A teoria da Yumi era de que o caldinho (de feijão preto) foi feito com a feijoada que sobrou do almoço...Mesmo assim ela disse ter gostado do sabor. Mas ela bem que ficou secando a feijoada das outras mesas e até pensou em pedir uma logo que chegamos ao Veloso...e nós também...


O lanche Royal era simples. Uma milanesa, queijo, alface e tomate no pão francês acompanhado de fritas. Mas se mostrou saboroso em especial pela maciez da carne.


Já estávamos satisfeitos porém eu insistia em ficar olhando para os cajus do balcão. Deste modo não resisti e pedi como saideira uma caipirinha de caju com limão mas desta vez com sakê. Esta estava ótima, com o caju e o limão fazendo uma combinação perfeita. Acho que se for preparada com cachaça também ficaria boa pois o caju e o limão apresentam um sabor mais forte, diferente da jabuticaba.


As fotos foram cedidas gentilmente pela Yumi e vocês também podem conferir no blog dela o resultado desta visita.

Gostamos tanto de lá que fomos embora pensando em voltar. E não deu outra, ontem mesmo após voltar de viagem resolvemos ir até  o Veloso novamente. Liguei para um amigo que também gosta de comer, o Daniel, e fomos até lá.

Para variar havia fila novamente e acabamos ficando em uma mesa do Brasamora, já que a comida é a mesma. Começamos pelas coxinhas e o Daniel também gostou bastante.

Pedimos a caipirinha de caju com limão novamente, mas desta vez optei por vodka Absolut e a Denise por cachaça Salinas. A preparada com vodka agradou bastante, já a de cachaça Salinas se mostrou mais suave do que a preparada com Seleta. Porém, o sabor de limão estava mais forte do que o caju na de cachaça. Não sei se por ficar no Brasamora elas foram preparadas por outro barman (apesar de ter o mexedor com o nome do Souza).

Logo depois pedimos um caldinho de feijão e o Daniel pediu um de mandioquinha. Experimentamos o dele e realmente estava bom. Parecia bem caseiro com a consistência bem espesssa.


Para saciar a fome de vez, pedimos uma porção de bolinho de cenoura com carne seca. A massa é adocicada e bem cremosa. O recheio também é suave e se tivesse um pouco mais de sal a tempero poderia ser melhor. Mesmo assim nós gostamos.


Foi a 2º visita em uma semana e tanto a comida quanto as bebidas estão aprovadas. Agradecemos a indicação da Yumi porém ela criou um problema. Acabamos viciados nas coxinhas e nas caipirinhas do Veloso...fomos embora novamente com vontade de voltar logo....

Preços
Coxinha de frango c/ catupiry (porção c/ 6 unidades): R$ 16,80
Bolinho de camarão c/ catupiry (porção c/ 6 unidades): R$ 19,20
Caldinho de feijão: R$ 7,00
Escondidinho de carne seca: R$ 13,00
Lanche Royal: R$ 14,00
Caldinho de mandioquinha: R$ 7,00
Bolinho de cenoura c/ carne seca: R$ 13,60
Caipirinha de cachaça especial: R$ 15,00
Caipirinha de sakê: R$ 14,00
Caipirinha de vodka Absolut: R$ 17,00

Endereço
R. Conceição Veloso, 56 – Vila Mariana
11 5572-0254

Site
http://www.velosobar.com.br/

5 de julho de 2010

Empório Akkar

O Empório Akkar existe há mais de 30 anos e oferece diversos produtos árabes, mas o grande atrativo são os doces. A variedade dos doces árabes é enorme mas engana-se quem acha que os mesmos são fabricados pela família libanesa Nasser, dona do Empório.

Na verdade os doces são fabricados em uma pequena fábrica na Zona Leste, a CH Doces, criada pelo nordestino Francisco das Chagas Neto. Uma história interessante pois ele passou fome ao chegar em São Paulo e começou trabalhando por um simples prato de comida. Algum tempo depois começou a trabalhar como faxineiro em um restaurante árabe e por ser aplicado logo passou para a cozinha, e foi aí que iniciou seu contato com o mundo dos doces. Daí em diante seu espírito empreendedor falou mais alto e começou a fabricar doces árabes por conta própria. Fornece atualmente 4 mil doces para diversos restaurantes e empórios de São Paulo.

No Empório Akkar os doces chegam diariamente e por isso estão sempre fresquinhos. O problema é se controlar e levar poucos doces para casa. Gostamos bastante da Burma (enroladinhos de cabelo de anjo recheados de nozes), o Dedo Aberto (massa folhada recheada de castanha de caju), o Fatair (recheado de nozes ou ricota). De todos o meu preferido é o Fatair (formato de "saltenha").


Recentemente experimentamos a cestinha de damasco e de figo e também são ótimas. A massa folhada é extremamente fina e delicada e os recheios muito saborosos.


O ninho de pistache é gostoso porém carece de um pouco mais de recheio. Mas não dá para exigir muito já que o doce é estremamente barato e os pistaches são caros.


Já o ninho de amêndoas apresenta um pouco mais de recheio. Tanto o de pistache quanto o de amêndoas ficam melhores se regados com o "mel" que acompanha os doces pois eles são um pouco mais secos que os demais.


Se estiver passeando pela 25 de Março, vale a pena dar uma paradinha e levar os doces para casa. São baratos e gostosos.

Preços
Doces árabes diversos: R$ 1,50

Endereço
Rua Comendador Kherlakian, 165 - Centro
11 3228-7188

Site
http://www.emporioakkar.com.br
http://www.chdoces.com.br (fábrica dos doces)